CHUVAS DE VERÂO EM GUARARÁ

I - VOICES D'ARTE
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É esta chuva que não lava o pó
Deixando a tarde enegrecida
Que a tudo torna solitário e só
E faz o nada parecer ter vida.
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É esse termo rebuscado e ermo
Que faz o mundo conspirar e ser
Na simbiose de seu proprio termo
O mundo seco que não vê chover.
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É esse nome de algum momento
A estranha face que parece olhar
O sulco seco do estupor sedento
Que a chuva é sem querer molhar.
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II - CLAUSTRO
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Nos encobertos, bem atrás do morro
Nada eu posso ver nem subtrair
É estrada velha que eu não percorro
É lugar distante que não posso ir.
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E o suor da tarde pela minha testa
Na ferida imensa que o sol me faz
Lembra paisagem em alguma fresta
A visão eterna do que vive atrás